Os mídia franceses destacam a piora do quadro financeiro mundial e possível recessão puxada pelo petróleo.
Os principais jornais franceses estão a retratar um cenário negativo para os próximos meses de 2016, prevendo uma nova onda de deficit de bancos europeus e mundiais, agravados principalmente para aqueles que emprestam dinheiro para os produtores de petróleo.
Papel importante na economia, o petróleo pode arrastar para a sua tempestade perfeita outros setores diretamente ligados, como bancos públicos e privados e instituições financeiras, além de governos.
Este cenário é causado pela alta produção e a saturação do produto no mercado de commodities, elevado grau de endividamento das empresas junto à capacidade dos bancos em honrar seus compromissos com investidores e o mercado.
Este quadro atinge a arrecadação pública, atirando para baixo os recursos dos governos dependentes dos royalties e impostos.
O recente acordo colocou o Irão como novo produtor e Arábia Saudita não querendo reduzir sua capacidade de produção.
O Brasil, com recordes do pré-sal, aumentará oferta mundial do produto.
Termómetro da Crise A recessão chinesa foi o início de um novelo global que se está a desenrolar pelo mundo fora, e que demonstra que as finanças mundiais não estão bem.
Na semana passada, o Japão operou com a bolsa de valores em baixa, o que obrigou o governo a ofertar papéis públicos com rendimento negativo e, mesmo assim, atraindo investidores preocupados em comprar papéis seguros ao invés de arriscarem o seu dinheiro em ações que podem desvalorizar.
O Eurobank, terceira maior instituição europeia, ainda não recuperou suas finanças após a crise financeira mundial de 2008 e 2011.
Segundo a mídia francesa, a Itália está a emitir títulos públicos podres e bancos americanos estão em alerta com um possível calote de empresas do setor de petróleo que estão endividadas.
Ambos os casos na Europa e na Ásia podem ser um indicativo de recessão global.
Brasil A recessão brasileira também é um reflexo da economia mundial.
Com a valorização do dólar, o mercado interno do país passa a ser pressionado pelos juros e fuga de capital estrangeiro, agravando nosso quadro e obrigando o governo a aumentar impostos e combater o desemprego.
Para melhorar o suspense, a crise política e o quadro social do país interferem negativamente em decisões de investimentos.
A bolsa de valores oscila, sentindo a pressão externa e absorvendo a desvalorização de empresas locais, como os papéis da Petrobras e outras.
A IBOVESPA fechou em baixa de -1,04 % e 40.168 pontos, no dia 10 de fevereiro.
O Rio de Janeiro anunciou que o estado perdeu cerca de 70 bilhões de reais em royalties oriundos do petróleo em 2015 e que outros municípios cariocas também estão perdendo suas receitas sem se prepararem antes para este cenário, como Quissamã; e o município de São Sebastião, em SP.
Maré Boa Positivo mesmo está para o mercado de exportações, em que o dólar alto é favorável em bons negócios para quem está lá fora, interessado em comprar.
E também para o empresário brasileiro muito mais interessado ainda em vender o seu produto que está com o preço e câmbio competitivo, apesar de pouca oferta de crédito interno para aumentar sua produção e a taxação para operações no exterior.
Fonte: br.blastingnews.com